Bela adormecida

Rafaela Hübner
2 min readMar 10, 2024

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Hoje é véspera do ano novo astrológico, amanhã é lua nova em áries. Se me perguntarem para além disso, não sei muito bem o que dizer, esses simbolismos são novos pra mim.

Entretanto, acho importante que em uma semana que eu puxei a carta d’O Diabo e sofri as consequências dela com dois dias de choro intenso e perdição de mim mesma, agora, hoje, puxei o 4 de espadas. É uma carta de inação, de descanso, recuperação. A imagem me lembra a bela adormecida, da Disney mesmo, ou talvez, o caixão de vidro da branca de neve.

O quatro vem depois do três, que talvez seja a carta de tarô mais conhecida imageticamente, um coração furado por três espadas. É a pausa depois de perceber que parte do coração foi arrancada. É se reagrupar, sarar as feridas, limpar o sangue.

O diabo também tem a simbologia do três, um triângulo entre o anjo caído e representações de Adão e Eva, os três acorrentados. É a menta no meu chocolate com morango.

O tarô como linguagem me dá palavras para o que não sei expressar em português — ou qualquer outra das línguas que tenho algum conhecimento. Dá significação para experiências que talvez me levassem para um vácuo de significados, um isolamento.

Então, eu escolho ler o quatro de espadas, hoje, na véspera de um ano novo astrológico como uma cama que deitarei hoje para acordar amanhã em algo novo.

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Rafaela Hübner
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