Bela adormecida
Hoje é véspera do ano novo astrológico, amanhã é lua nova em áries. Se me perguntarem para além disso, não sei muito bem o que dizer, esses simbolismos são novos pra mim.
Entretanto, acho importante que em uma semana que eu puxei a carta d’O Diabo e sofri as consequências dela com dois dias de choro intenso e perdição de mim mesma, agora, hoje, puxei o 4 de espadas. É uma carta de inação, de descanso, recuperação. A imagem me lembra a bela adormecida, da Disney mesmo, ou talvez, o caixão de vidro da branca de neve.
O quatro vem depois do três, que talvez seja a carta de tarô mais conhecida imageticamente, um coração furado por três espadas. É a pausa depois de perceber que parte do coração foi arrancada. É se reagrupar, sarar as feridas, limpar o sangue.
O diabo também tem a simbologia do três, um triângulo entre o anjo caído e representações de Adão e Eva, os três acorrentados. É a menta no meu chocolate com morango.
O tarô como linguagem me dá palavras para o que não sei expressar em português — ou qualquer outra das línguas que tenho algum conhecimento. Dá significação para experiências que talvez me levassem para um vácuo de significados, um isolamento.
Então, eu escolho ler o quatro de espadas, hoje, na véspera de um ano novo astrológico como uma cama que deitarei hoje para acordar amanhã em algo novo.