O ridículo
Eu tenho uma preguiça de assistir filmes que não tem muita explicação, então por vários anos eu tenho uma “meta”, assistir um filme por semana. Quase nunca cumpro, mas a tarefa fica ali, esperando ser cumprida. Essa semana, eu escolhi assistir um documentário da Brené Brown que está na Netflix.
Essa é uma mulher que vira e mexe está nos meus pensamentos. Tem uma passagem do livro “A Coragem de Ser Imperfeito” em que a filha dela está fazendo alguma coisa bem vergonhosa, como uma dancinha ridícula ou algo assim, e a Brené vira pro marido e fala que ama tanto a filha e que gostaria de ser amada assim, por causa do ridículo. O marido vira pra ela e devolve que ele a ama dessa forma. Com uma frequência maior do que eu admitiria pra alguém, eu penso nas pessoas que eu amo se eu as amo por causa do ridículo delas. Se elas me amam por causa do meu ridículo.
Depois de assistir ao documentário, quero ler os outros livros da Brené que tenho e ainda não li. Quero compartilhar online esses títulos horrorosos e capas piores ainda (mas que tem um conteúdo bem bacana), porque não é possível ter coragem sem vulnerabilidade. Abrir a janela e gritar: SIM, eu leio livros de auto-ajuda também. E SIM, eu os chamo do genérico -não ficção- quando estou com vergonha.