Uma carta de amor

Acabei de escrever uma carta de amor. Coloquei coração e PS em papel pautado. A coragem de entregar oscila enquanto eu perdia tempo no instagram. E aí me deparei com esse post.

O medo de entregar uma carta de amor é o mesmo medo de escrever um texto e publicá-lo. Justamente o medo que eu estou tentando perder com a ideia de escrever um parágrafo por dia, independente de qualidade e sem me perder em eternas revisões.

Escrever uma carta de amor ou um texto pra internet deveria independer da resposta, deveria independer do leitor. Se expor é um exercício para o ego e se achar ressonância no outro, melhor. É assim que a gente se conecta, uma letra emendada na outra. Mas o outro nunca deveria ser o primeiro pensamento, um limitador, deixar de enviar a carta por medo do ridículo ou deixar de publicar o texto por medo do fracasso. Eu tenho histórias e tenho o poder de contá-las.